Segunda-feira, 7 de Janeiro de 2008

Somincor fecha 2007 com lucro recorde, acima dos 220 milhões de euros

Aqui fica esta noticia do Dn online, para que se possa reflectir um pouquinho sobre a actividade mineira no nosso pais e em especial no nosso concelho.
Seguramente este lucro da Somincor vai trazer um bom valor de derrama para os cofres da Câmara que em ano sem Pidac dará uma boa ajuda.....
Aqui fica uma palavra amiga para os toupeirinhas do nosso concelho que trabalham sem parar, que proporcionam estes lucros fabulosos e que seguramente não são recompensados da mesma forma. 
link: http://dn.sapo.pt/2008/01/06/economia/preco_alto_metais_provoca_corrida_mi.html

Preço alto dos metais provoca corrida às minas em Portugal


ANA SUSPIRO
Somincor fecha 2007 com lucro recorde, acima dos 220 milhões de euros
A valorização registada nos últimos dois anos pelos principais minérios, do ouro ao cobre, está a promover a retoma da actividade mineira em Portugal. Depois de anos em que fecharam várias minas ou suspenderam a laboração, a actividade está a crescer e há empresas, como a Somincor, que gere a maior mina portuguesa, a apresentar resultados recorde em 2007, superiores a 220 milhões de euros.

O regresso à actividade das Pirites Alentejanas 15 anos depois é o sinal mais visível , mas há outros. Em 2006 e 2007 intensificou-se o número de contratos de prospecção e pesquisa de minérios metálicos. Em 2005, foram assinados quatro contratos. Este número mais que duplicou no ano seguinte para 10, valor que foi quase atingido nos primeiros seis meses de 2007 com a assinatura de mais nove contratos de prospecção e pesquisa de minérios, de acordo com o Boletim das Minas da Direcção-Geral de Geologia e Energia. Estes contratos fazem parte de um pacote de 30 acordos para prospecção e exploração no sector mineiro assinados em Maio de 2007 e que envolviam um investimento superior a 84 milhões de euros.

O ouro, a prata, o cobre, o zinco e o chumbo são os minérios mais procurados, o que, aliás, é explicado pela forte valorização registada por estes metais em 2007, mas sobretudo em 2006. O Alentejo, do alto ao baixo, e Trás-os-Montes são as áreas com maior número de prospectores. De acordo com dados da DGGE, existiam em Portugal mais de áreas concessionadas para pesquisa.

Já o número de contratos de exploração é muito menor. Em 2005, não houve qualquer acordo e em 2006 e no primeiro semestre do ano passado foram assinados dois contratos, um em cada ano - um foi a adenda à Panasqueira para volfrâmio, estanho, cobre e prata; e outro foi para ouro, prata e cobre, assinado com a Kernow Mining para Jales (Vila Real).

No ano passado e os primeiros dias de 2008, o ouro tem sido a estrela dos metais depois de um ganho superior a 30% em 2007, o maior desde 1979, ajudado pela crise nos mercados financeiros e pela desvalorização do dólar e alta do petróleo. Com a valorização das cotações jazidas de menor dimensão ganham maior importância económica, o que têm levado à retoma de trabalhos de mineração em áreas como Jales. Entre 2005 e Junho de 2007, dez dos contratos de pesquisa tinham como finalidade pesquisar ouro e prata, entre outros minérios.

Mas se o ouro é dos mais procurados, a produção importantes continua a ser a do cobre e do zinco e a jóia da coroa do sector em Portugal ainda é a mina de Neves Corvo no concelho alentejano de Castro Verde.

Depois do Estado português ter vendido a participação de 51% na empresa em 2004 por 70 milhões de euros, a Somincor é o principal activo em operação do grupo canadiano e sueco Lunding Mining que comprou a Eurozinc.

A gestora de Neves Corvo deverá ter fechado o ano passado com lucros recorde de 223,6 milhões de euros, mais 70% que em 2006 e vendas de 462 milhões de euros, segundo estimativas da Companhia Portuguesa de Rating. A Somincor, que deverá distribuir um dividendo extraordinário ao accionista no valor de 195,6 milhões de euros, vai desenvolver uma nova área de produção de zinco no depósito do Lombador que deverá permitir em 2011 aumentar extracção de 400 mil toneladas por ano para 2,4 milhões de toneladas.
publicado por castromaisverde às 22:05
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De Manuel Antonio Domingos a 8 de Janeiro de 2008 às 23:02
De acordo com o Orçamento da Câmara Municipal de Castro Verde para o ano de 2008, está prevista uma receita de 4. 260. 000,00 € ( quatro milhões e duzentos e sessenta mil euros ) de DERRAMA.
Na minha qualidade de cidadão deste concelho já propus que a Assembleria Municipal enviasse um agradecimento à SOMINCOR pela excelente contribuição que dá ao orçamento municipal, e a tudo o resto. Infelizmente não estiveram de acordo, porque acham pouco em relação ao bolo total que dali sai. É assunto que daria pano para mangas... é pena que pessoas ditas responsáveis ás vezes se esqueçam que há mais país para além de Castro Verde, e do que já recebemos vindo de outros lados quando aqui não se cobravam impostos tão volumosos como agora.
Vá sempre falando de coisas importantes.
Boa noite


De Artur a 9 de Janeiro de 2008 às 02:00
O Manuel António acha que se deve agradecer a uma multinacional que fez um negócio da china com a riqueza do subsolo castrense, que tira daqui 220 milhões, e que deixa para o orçamento municipal apenas 1,5%.
Deveríamos talvez dizer: Muito obrigadinho Lundin Mining por não o levar todo..
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O Manuel António acha que se deve agradecer a uma multinacional que fez um negócio da china com a riqueza do subsolo castrense, que tira daqui 220 milhões, e que deixa para o orçamento municipal apenas 1,5%. <BR>Deveríamos talvez dizer: Muito obrigadinho Lundin Mining por não o levar todo.. <BR class=incorrect name="incorrect" <a>Alguem</A> que me dê o NIB da Lundin Mining , que está a ser roubada pela câmara (que ainda por cima é malcriada e não agradece) pois eu com a minha solidariedade quero contribuir com qualquer coisinha... <BR>A mim ninguem me agradece quando compro um pão e tenho que deixar 5% de imposto.
Quando um pão custar 220 milhões espero que o Manuel António me defenda.


De Manuel Antonio Domingos a 9 de Janeiro de 2008 às 09:28
Artur independentemente da situação da mina ter sido privatizada ou não, o trabalho de todos os trabalhadores da Somincor e a riqueza que ali é produzida, mesmo que podesse ser melhor distribuída merece o nosso respeito e também uma palavrinha de gratidão. Admito que possa estar enganado e respeito quem tem opinião contrária. Mas sejamos justos nós ( concelho ) ficamos com uma boa parte comparativamente aos nossos vizinhos, que também são portugueses como nós...
Um bom dia Artur. Teria todo o gosto em saber a tua opinião quando tiveres 50 anos!


De Artur a 9 de Janeiro de 2008 às 21:34
Houve um tempo, em que um homem trabalhava de sol a sol em troca de uma sardinha e um pão, que lhe era pago por outro homem apoderado das terras e que tinha um rendimento 100 vezes superior ao homem que trabalhava. No fim do dia o ganhão curvava-se perante o seu semelhante e ainda lhe limpava as botas agradecido por este lhe ter matado a fome.
Esse tempo nalguns sítios ainda não passou.

Há uma empresa no concelho de Castro Verde, que explora, ou melhor, que extrai, o mais rico recurso natural aqui existente, numa das regiões mais pobres da Europa, empresa essa detida por sociedades de países muito mais ricos e com maior abundância de recursos.
A economia mundial (ou global!) levou a que a cotação dos recursos minerais subisse bastante nos últimos anos, tal como subiu também, e infelizmente para nós, a cotação dos produtos petrolíferos.
A Somincor lucrou 220 milhões no último ano, devido sobretudo á alta cotação do cobre. Os seus trabalhadores estão de parabéns por desempenharem as suas profissões com empenho. Se o resultado desta empresa estivesse apenas dependente da produtividade dos seus colaboradores, que trabalham na sua maioria centenas de metros debaixo de terra sem verem a luz do sol, nunca teria tido prejuízo como já teve em anos anteriores. Os trabalhadores (ou colaboradores como hoje simpaticamente se diz) estão sempre de parabéns pelo trabalho difícil que desempenham.
O que a Somincor está a fazer no nosso concelho não será bem produzir riqueza. O que está na realidade a fazer é extrair riqueza. Um recurso que está no nosso chão.
Não quero com isto dizer que estou contra a actividade da Somincor. Antes pelo contrário. Fico bastante satisfeito pelo facto de o cobre ter subido na cotação e de dar bom rendimento à empresa que o extrai, deixando com certeza muita riqueza no nosso concelho e na nossa região. Os seus colaboradores são compensados pelo seu trabalho. Talvez pudessem ser melhor compensados, mas ainda assim as estatísticas já colocam o concelho de Castro Verde no top 10 nacional do mais alto rendimento dos trabalhadores por conta de outrem, empurrado sobretudo pelos salários da Somincor.


Não estou é de acordo com a ideia de que devem os castrenses agradecer à Somincor por nos dar “um pão e uma sardinha”. Estamos apenas a falar de 1,5% do seu rendimento. A grande parte do rendimento deste nosso recurso vai parar ao Canadá e á Suécia. São 196 milhões de dividendos para o accionista que saem da nossa terra. Do nosso chão.
Não nos podemos também esquecer que a sorte da Somincor não está só na cotação do cobre, mas até a fiscalidade está do seu lado, pois nos anos anteriores a derrama era de 2,5%, e este ano passou a ser de apenas 1,5%. Com esta alteração, tendo em conta a previsão orçamental para este ano, a empresa deixará de pagar (e a CMCV deixará de receber) 2,8 milhões de euros.

Quem é que deve agradecer?

Politicamente correcto seria a Administração da Somincor agradecer à nossa comunidade pela riqueza que tem na sua mão.

Pasme-se que esta administração nem teve ainda sequer a simpatia e cordialidade que a melhor diplomacia aconselha de se apresentar perante as entidades locais representativas da comunidade.
Pasme-se ainda mais de ter sido a Assembleia Municipal de Castro Verde (o principal órgão autárquico representativo da população local) a solicitar uma visita à Somincor, e de passados 3 meses nem resposta obteve a tal solicitação.
Só após um segundo contacto houve alguma receptividade, mas com a condição de que a visita ter-se-ia que realizar aos dias úteis. Sim, porque a direcção que põe os colaboradores a trabalhar no dia de Natal, não pode receber o principal órgão de poder local num Sábado porque não é, para os dirigentes, um dia de trabalho.
Os deputados municipais, se quiserem, que faltem um dia ao seu trabalho sem qualquer compensação e nalguns casos até com algumas penalizações, para visitarem e serem recebidos pela maior e mais rica empresa da região e das mais ricas do País.


Outro assunto que está aqui em discussão é a divisão dos impostos, cobrados à Somincor, por outros concelhos da região.
Experiente que é o M.A. em interpretação de legislação fiscal, sabe com certeza que o que se passa é a aplicação integral do que “manda a Lei”.


De Artur a 9 de Janeiro de 2008 às 21:37
(contiuação do comentário)
Experiente que é o M.A. em interpretação de legislação fiscal, sabe com certeza que o que se passa é a aplicação integral do que “manda a Lei”.
Neste caso poderemos discutir apenas se a lei está correcta ou não. E no caso de discordarmos não podemos culpar os órgãos locais mas sim os órgãos centrais.
Eu pessoalmente não discordo da ideia de que os impostos de uma empresa, que pela sua dimensão é sem dúvida uma empresa de influencia regional, devem reverter para o bem estar e a qualidade de vida da sua área de influência. E não apenas com uma derrama de 1,5%, nem de 2,5% como tem sido nos anos anteriores.
Talvez mais correcto seria distribuir qualquer coisa como 5% pelos concelhos limítrofes, e depois o Estado, através do PIDAC ou de outros instrumentos do orçamento encaminhar mais alguma parte dos impostos que recebe para benefício da Região.
Não pode é pensar-se (nem seria legal) que a CMCV vá agora distribuir parte dessas receitas pelos outros concelhos.
Mesmo assim muitos dos investimentos que são feitos no nosso concelho revertem em parte para o benefício dos concelhos límitrofes, como sejam grande parte das actividades culturais ou recretivas de âmbito regional, o cinema, o parque de campismo, os caminhos municipais, etc.
Estou no entanto de acordo consigo quanto à existência de uma descriminação na repartição dos benefícios tendo em conta apenas as fronteiras administrativas, ainda mais quando estamos a falar do rendimento de uma empresa que se localiza a poucos metros do limite do concelho.
Se a Somincor decidir, tendo em conta a sua excelente situação económica, oferecer solidariamente alguns milhões aos concelhos da região, para além do que a lei obriga, então aí eu também farei parte da caravana para ir agradecer à administração.


Sr. Manuel António, aqui fica a minha opinião. Assim já não precisa de ficar à espera de eu ter 50 anos.


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